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Sharon R. Allen
Condensado do capítulo 5 do livro
Eles Pensaram Por Si Mesmos
Por Sid Roth,
Usado com permissão

Eu nasci em 1945 no Hospital "Beith Israel" na cidade de Nova York. Meu nome hebraico é Sura Rifka. Eu fui criada num lar que observava o judaísmo. Desde o instante que minha mãe acendia as velas do Shabat ao entardecer de 6ª feira até uma hora depois do pôr-do-sol na noite de sábado, havia certas regras e regulamentos que nós seguíamos. Eles não nos faziam sentir constrangidos ou oprimidos. Era o nosso modo de mostrar nosso amor, nosso respeito e nossa devoção à D-us.
Nós seguíamos as ordens rabínicas, tais como não usar eletricidade nos Shabatot. Nós deixávamos uma luz acesa no vestíbulo, que era ligada antes que o Shabat começasse e era deixada ao longo da noite e do próximo dia até uma hora depois do pôr-do-sol de sábado à noite, quando terminava o Shabat. Nós não tínhamos permissão para trabalhar no Shabat e isto incluía minha lição de casa, desde que no Shabat não se é permitido escrever, cortar ou rasgar papel. Nós sabíamos que o Shabat era especial por causa daquilo que fazíamos ou não fazíamos e era diferente dos outros dias da semana.
Naturalmente, minha mãe mantinha uma cozinha Kosher onde apenas alimentos Kosher eram permitidos. Conjuntos separados de pratos e utensílios para laticínios (milchig) ou derivados de carne (fleishig) eram estritamente obrigatórios. Meu irmão e eu sabíamos desde o tempo que conseguimos alcançar as gavetas e prateleiras, a nunca confundir os utensílios de laticínios e carnes. Conjuntos separados de pratos eram também necessários para a Páscoa. Aqueles pratos eram somente retirados do alto do armário "difícil-de-alcançar" uma vez por ano, para serem usados apenas na Pessach.
Nós guardávamos todos os feriados judaicos. Meu irmão e eu frequentávamos a escola Hebraica. Nós crescemos sabendo quem nós éramos dentro da comunidade judaica.

Mudando para Oeste

Quando jovem, eu casei-me com um homem de igual origem judaica. Nós tivemos uma filha a quem chamamos Elisa. Seu nome hebraico era Chava Leah. Quando ela tinha apenas alguns anos de idade meu marido e eu nos divorciamos. O divórcio judaico que nós obtivemos era conhecido como um "Get".
Eu trabalhava no "Centro de Roupas" na cidade de Nova York. Durante este tempo Elisa frequentava a Escola Judaica. Lembro-me daqueles primeiros anos quando Elisa e eu deveríamos esperar pelo seu ônibus escolar às 7 horas nas manhãs de inverno frias, escuras e cheias de neve. Nós nos acotovelávamos, gelando juntas no vento. Foi numa tal manhã que eu sussurrei para minha filha:
Assim não dá!
Mudar de região parecia um passo na direção certa. Elisa tinha um problema alérgico que era pior durante os meses úmidos de inverno. Nova York tinha o pior clima de inverno para crianças como ela. Eu tinha ouvido um médico num programa de entrevistas mencionar que quando pessoas com certas alergias mudavam para outro clima, suas alergias frequentemente desapareciam. Com aquelas palavras do médico ecoando em meus ouvidos, eu sentei e fiz uma lista dos principais "Centros de Roupas" no país. A teoria do médico sobre os benefícios da mudança valia a pena tentar.
Em 27 de agosto de 1974, Elisa e eu chegamos em Los Angeles, Califórnia. Quase imediatamente eu a matriculei na Yavneh Yeshiva porque a escola começaria em setembro. Ela tinha seis anos. Nós vivíamos perto da escola no Distrito de Fairfax, a seção ortodoxa da cidade e ficamos envolvidas com a congregação Shaari Tefillah.
Em alguns anos, meus pais mudaram para Los Angeles para nos encontrar e logo depois disso nos mudamos para o Sul, para Orange County. Naquela época havia um grande estouro imobiliário, e como muitos outros, eu decidi tirar minha licença de corretora. Uma vez obtida minha licença comecei a trabalhar num escritório cujo dono era um homem chamado Ron Allen. Ele se tornaria meu marido.

Negócios era sua religião

Quando eu e Ron nos encontramos pela primeira vez, ele sabia que eu era judia, e que tinha sido criada num lar judeu religioso. Tudo que eu sabia sobre sua origem religiosa era que ele era um Protestante. Ele nunca mencionou Jesus, o Novo Testamento, ou igreja. Se ele tivesse, eu teria corrido na direção oposta. Aparentemente, ele não ia à igreja desde a adolescência. Ele tinha 42 anos. Eu tinha 32 anos. Religião era a coisa mais longínqua na mente de Ron; negócios era sua religião.
À medida que Ron veio a conhecer nossas tradições judaicas, ele aceitou-as como se fossem dele mesmo e participava ardorosamente. Por causa do seu modo caloroso e adorável, meus pais o abençoaram em nossa família. Minha mãe costumava falar sobre Ron: "Ele é tão hamisha", o que em Yiddish significa: "Ele é tão agradável".
Nós éramos ativos no Chabad e nos tornamos ligados ao rabino Mendel Duchman, a quem admirávamos e respeitávamos. Um pouco homem de letras, um pouco "showman", e um pouco homem de negócios, rabino Duchman tinha sucesso em renovar o interesse das pessoas pelo estilo de vida judaico. Sua esposa Raquel era agradável, atenciosa e sábia. Ela era o retrato da jovem dona de casa judia conscienciosa, uma rebbetzen de rebbetzen (esposa de rabino) por assim dizer. Ron e eu entendemos logo que estávamos no lugar certo. Eu tornei-me muito ativa no grupo de mulheres do Chabad.

Convertendo-se ao judaísmo

Alguns anos depois de Ron e eu termos casado, as discussões sobre sua conversão ao judaísmo tornaram-se sérias. Eu sabia que nosso futuro junto poderia ser prejudicado se Ron recusasse. Ter um lar judaico e criar Elisa como judia era a coisa mais importante para mim. Porque para ser um judeu bem sucedido você precisa fazer a si mesmo a seguinte pergunta: "Os seus netos são judeus?", e poder responder com uma afirmativa. Quando Ron adotou legalmente Elisa logo após nosso casamento até os papéis de adoção estipularam que Elisa fosse criada como judia.
Além disso, os judeus consideram o funeral e vida após a morte de vital importância. Como judia eu sabia que o sepultamento num cemitério judaico era essencial. Acreditamos que se somos sepultados num cemitério judaico viajaremos por debaixo da terra até Eretz Israel e estaremos entre os primeiros a ressuscitarem. Como judeus acreditamos que iremos ao paraíso ou seio de Abrãao. Se acidentalmente vagarmos pelo "outro lugar" o pai Abrãao "nos trará de volta".
A importância para mim de ser uma judia praticante é enfatizada pela seguinte estória do Talmud (Tractate Berachot 28b) sobre Rabbi Yochanan Ben Zakhai no seu leito de morte. Os alunos do rabino ficaram chocados ao encontrarem seu mestre chorando. Ao pedirem para explicar seu comportamento, o sábio respondeu que se ele fosse levado perante um rei de carne e sangue, cujo castigo não fosse eterno e que pudesse ser subornado e apaziguado, ele ainda assim estaria morrendo de medo; imaginem como ele deverá se sentir ao encontrar-se diante do Rei dos Reis, que vive para sempre, cujo castigo é eterno e que não pode ser comprado ou apaziguado. Além disso, dois caminhos estão diante dele, o sábio explicou, um leva ao céu e o outro ao inferno, e com tais perspectivas não deveria ele estar com medo?
Na edição de janeiro de 1989 do B'nai B'rith Messenger, pensamentos da Torá, o Rebbe Menachem M. Schneerson escreve sobre esta estória: "O Talmude relata que quando o grande sábio rabino Yochanan Ben Zakhai chorou diante de sua morte, ele disse: Há dois caminhos estendidos diante de mim, um para Gan Eden (céu) e um para Gehinom: eu não sei em qual serei conduzido. 'Não é preciso dizer que o rabino Yochanan Ben Zakhai estava preocupado com seu estado espiritual e se ele tinha atingido um nível suficiente de santidade para entrar no céu'.
Estas preocupações eram de um homem que recebeu o crédito pela sobrevivência da Diáspora Judaica e cuja influência tem sido sentida através dos séculos. Mas ele não sabia com certeza se ele estava indo para o céu ou para o inferno.
Causa surpresa esta estória ter me chamado a atenção? Se um tão eminente e renomado estudante da Torá como rabino Yochanan Ben Zakhai está em dúvida quanto ao seu destino, é obrigatório fazermos o que for necessário para garantirmos o nosso destino futuro e sermos considerados dignos do Gan Eden.
Uma outra consideração a respeito da conversão de Ron estava ligada com o Rabinato Israelita o qual aceita somente conversões ortodoxas. Então saibamos que somente uma conversão Kosher seria aceitável.
Como parte de qualquer conversão judaica, o estudo do estilo de vida judaica, história e ética é vital. Ron foi exposto a Yidishkeit (o estilo de vida judaico) em nossa casa. Eu me agradava com o pensamento que ele iria estudar com o Rabbi Duchman.
Antes desta conversão se realizar, eu queria deixar o Ron ciente das três cerimônias que seriam exigidas. Eu expliquei que varões precisam ser circuncidados, e desde que ele já o era, o rabino deveria tirar um pouco de sangue do pênis como um gesto simbólico. Era também necessário que ele fosse imerso em água num Mikveh. Isto é semelhante ao batismo e simboliza a purificação e a identificação com o povo judeu. A terceira cerimônia embora nem sempre feita em conversões Reformadas ou Conservadoras, deve sempre acompanhar uma conversão Ortodoxa ou "Kosher" e esta é a renúncia das crenças anteriores da pessoa perante o Beit Din ou corte rabínica (conselho de rabinos).

É tão pagão!

Ron concordou com todas as cerimônias menos a última.
Ele disse que simplesmente não podia renunciar Jesus.
Eu fiquei horrorizada!
Meu marido nunca tinha mencionado Jesus, não tinha ido à igreja por mais de 30 anos, e nunca tinha usado as palavras "cristão, "Cristo" ou "Novo Testamento". Aqui estávamos levando uma vida judaica - ajudava a construir a sinagoga judaica, nossa filha estava frequentado uma Academia Hebraica - e meu marido estava me dizendo que ele não podia renunciar Jesus!
Eu fique muito aborrecida. Eu disse ao meu marido: Isto é loucura. Você é uma pessoa tão lógica e esperta e um empresário de sucesso. Como pode você crer em algo tão pagão? É uma fantasia. É como mitologia Grega!
E então, no meio do meu horror, tive este pensamento tranquilizador: Eu simplesmente começarei a ler a Bíblia judaica e em pouco tempo eu serei capaz de mostrar a meu marido as Escrituras que lhe provarão que Jesus nunca poderia ter sido o cumprimento da Bíblia judaica. Eu sabia que tudo que D-us queria que Seu povo judaico soubesse sobre Seu messias judaico, de maneira que nós, judeus, o reconhecêssemos quando Ele viesse, estaria na minha Bíblia judaica...

Jesus está na Bíblia judaica?

Eu desci as escadas para a sala e peguei minha Bíblia judaica da prateleira. Enquanto eu a abria naquele dia, eu orei uma prece muito especial. Eu orei ao D-us de Abraão, Isaque e Jacó para me mostrar a verdade e para ajudar meu marido a tornar-se um judeu.
Aquela manhã quando meu marido saiu para trabalhar e minha filha para a escola, eu comecei a ler a Bíblia. Eu comecei da página um, "No princípio…" e continuei a ler página após página. Quando meu marido veio para casa do trabalho e minha filha da escola, lá estava eu ainda lendo. Na manhã seguinte meu marido foi trabalhar e minha filha foi a escola, lá estava eu lendo. Quando eles voltaram novamente para casa, lá estava eu ainda lendo. Isto continuou por dias, semanas e meses.
Eu fiquei admirada com o que eu encontrei escrito dentro das páginas da minha Bíblia judaica, em relação ao Messias é onde Ele deveria nascer, como Ele viveria sua vida, os milagres que Ele faria. A Bíblia também fala do Seu sofrimento e morte. Isto me assustou porque o que eu li soava muito parecido com o que eu ouvi dizer sobre Jesus.
Quem quer que seja que esteja considerando se "Yeshua" (Jesus) aparece na Bíblia judaica precisa apenas ler as muitas passagens relativas ao Malach Ha Shem, o mensageiro do SENHOR. Pelo estudo cuidadoso das passagens relativas a suas manifestações e como Ele se conduziria, alguém pode apenas deduzir que este não é um ser meramente criado. Ele fala como D-us e aceita a adoração que somente pode ser dada ao Próprio D-us. E Ele carrega n'Ele o inefável nome de D-us o Tetragrama, em Hebraico o Yud He Vav He, (Êxodo 23:21).
Além, disso, Yeshua, o nome Hebraico de Jesus, significa "Salvação". Em todo lugar na Bíblia judaica e nos nossos sagrados livros judaicos de oração sempre que a palavra "Salvação" aparece, nós estamos falando o nome Hebraico de Jesus, Yeshua.
Em Isaías 49:6 as escrituras falam de uma época quando o servo sofredor lamentaria é D-us de como Ele tinha falhado em restaurar as 12 tribos de Israel. D-us responde dizendo: "É uma coisa muito leve para você ser um servo somente de Israel, Eu o darei como uma luz para todas as nações do mundo". Em Hebraico a palavra "gentios" é "goyim". Assim eu tive que fazer a mim mesma a pergunta, "Quando o Messias veio e falhou em trazer de volta as tribos de Israel e então quando D-us deu o Messias aos goim?".

D-us teria um Filho?

Eu fiquei sabendo que os escritores judaicos da antiguidade reconheciam que havia dois retratos do Messias apresentados nas páginas da Bíblia judaica. Eles até tinham nomes para eles: Mashiach Ben Yosef (Messias filho de José), o servo sofredor e Mashiach Ben David (Messias filho de Davi) é o Messias que viria como herói conquistador.
Em Provérbios 30:4 encontrei que D-us tem Filho:
Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?

O Rebe poderia ser o Messias?

Quando eu terminei de ler todas as páginas da minha Bíblia judaica eu estava confusa e assustada. O pensamento veio a mim: "Sharon, como você se atreve a pensar que você pode interpretar a Bíblia por você mesma, como se você soubesse tanto quanto um rabino?" Mas então eu pensava sobre as passagens que eu li onde D-us dissera aos filhos de Israel para virem e ouvirem sua palavra por eles mesmos (Deuteronômio 4:10; 11:18-20; 4:29 e Jeremias 29:13)
Eu sabia que eu não podia parar ali. Havia muita coisa em jogo.
Como eu mesma poderia suportar a ideia de ser uma proscrita de meu povo? Que absurdo era pensar que um homem que os gentios chamavam Jesus Cristo poderia ser o Messias para os judeus. Assim eu disse a mim mesma: "Sharon, alguma coisa deve ter te escapado".
Eu me lembrei que os rabinos dizem: “Você não pode entender a Bíblia sem os Comentários Judaicos. Assim eu comprei os comentários de Rashi, os comentários de Soncino e os últimos comentários judaicos chamados The Artscroll Tanach Series de Mesorah Publications. E à medida que eu lia os comentários, mais eu queria ler. Eu também trouxe para casa os textos do Talmude Babilônico, da Enciclopédia Judaica, Midrash Rabbah, Mishná Torá de Maimônides, Targum Onkelos, Targumim Yonathan, os Textos Messiânicos de Raphael Patai e o Guia para os Perplexos de Maimônides. Eu continuava estudando, dia após dia. Cada texto que eu estudava, eu pensava talvez este trará a resposta, a chave para destruir o pensamento de que o messias dos gentios era a "verdade", O Messias Judaico!
Tudo isto estava começando a afetar minha vida. Quando, me perguntavam se eu aceitaria um papel de liderança como a próxima presidente do “Chabad Women”, eu senti que tinha que rejeitar porque eu estava levando uma existência dupla.

Não se preocupar

Uma tarde Elisa veio da Academia Hebraica para casa e me disse que eles precisavam de mães para conduzir estudantes para visitarem uma padaria Kosher. Ela perguntou se eu poderia ser voluntária. Eu estava feliz por ajudar. Aquele dia, enquanto andava pelo distrito Fairfax, eu percebi que em uma vitrine da livraria Chabad havia alguns livros antimissionários em exposição. Quando ninguém estava olhando, eu precipitei-me para a livraria e comprei cada livro antimissionário disponível.
Eu estava ficando mais e mais perturbada por minha pesquisa. Até aquele momento eu vinha estudando sozinha. Apenas minha família sabia o que estava lendo. Mas chegou o tempo da necessidade de ajuda de fora e assim eu voltei-me para o meu rabino. Eu chamei Mendel Rochel e pedi que eles viessem a minha casa. Quando eles chegaram nos sentamos na biblioteca e eu mostrei a eles meus livros. Eu disse-lhes que quando eu lia minha Bíblia eu via Yeshua. Eu pedi a Mendel que me ajudasse. Eles cochicharam entre si. Então eles viraram para mim e Mendel disse: - Não se preocupe. Ele tinha justamente o homem para mim é um profissional que trabalha com pessoas como eu. Ele daria a esse profissional meu número de telefone e o homem me chamaria. Eu os agradeci quando saíram. Eu me senti tão grata e aliviada porque iria ter a ajuda que precisava e as respostas que tão desesperadamente queria.
Duas noites mais tarde eu recebi em telefonema do Rabino Ben Tzion Kravitz. Eu dei a ele um pequeno retrospecto sobre minhas pesquisas e expliquei como tudo começou. Ele escutou e disse para não me preocupar. Ele até mencionou uma fita de vídeo que ele tinha de pessoas que tinham renunciado sua fé em Yeshua. Eu pedi-lhe que a trouxesse com ele quando viesse à minha casa. No nosso primeiro encontro o rabino e eu discutimos a Bíblia, a história judaica e tradições por 10 horas.

Desesperadamente buscando a verdade.

Após muitas conversas, o rabino sugeriu que eu deveria falar com outra pessoa. Ele recomendou Gerald Sigal no Brooklyn, Nova York, autor de: A Resposta Judaica aos Missionários Cristãos. Rabino Kravitz disse que ele telefonaria para o Senhor Sigal, contaria para ele minha situação e deixaria que nós dois discutíssemos várias questões ao telefone.
O rabino e o Senhor Sigal desenvolveram um plano. O Senhor Sigal chamaria a cobrar toda segunda-feira à noite. Nós deveríamos discutir vários tópicos e então ele deveria propor uma pergunta que eu deveria pesquisar durante a semana. Na segunda-feira seguinte eu deveria dar-lhe a resposta.
Por exemplo, uma semana o senhor Sigal disse que a genealogia de Yeshua era falha porque, no judaísmo, nunca nenhuma mulher era incluída nas genealogias judaicas. Eu fiquei perplexa por esta declaração porque eu tinha lido recentemente a longa lista de genealogias em 1 Crônicas nos Anais Históricos da Bíblia Judaica e mulheres são mencionadas nesses registros. Os nomes das mulheres foram incluídos para ajudar o conhecimento específico necessário quando um pai tinha somente filhas e nenhum filho, ou quando havia mais de uma esposa ou haviam concubinas.
Nossas conversas continuaram por algum tempo até que o senhor Sigal disse ao Rabino Kravitz que eu tinha ido longe demais para ser ajudada. Rabino Kravitz estava aborrecido comigo e disse que eu deveria ter aceitado o que quer que seja que o senhor Sigal dissera. Ele acusou-me de realmente não querer conhecer a verdade. O rabino não entendia que eu estava desesperadamente procurando a verdade e faria qualquer coisa para encontrá-la. Rabino Kravitz estava provavelmente embaraçado também porque o Rabino Duchaman ficava perguntando: "Você ainda não ajudou?"

Quando eu leio minha Bíblia eu vejo “Aquele Homem”!

Pouco tempo depois disto, eu recebi um telefonema do Rabino Duchman. Ele me falou sobre um perito especialista conhecido internacionalmente, Rabino J. Immanuel Schochet, que estaria falando em breve na Yeshiva de minha filha. Eu disse que iria.
A noite que eu ouvi Rabino Schochet foi uma hora decisiva na minha pesquisa pela verdade. Minha família e eu sentamos na frente porque minha filha estava frequentando a academia e nos sentíamos confortáveis sentados perto do orador.
Cedo naquela tarde Ron, Elisa e eu tínhamos decidido que iríamos apenas para ouvir e não diríamos nada até que o programa terminasse. Então, e apenas então, eu iria tranquilamente ao rabino e perguntaria se ele poderia me ajudar.
A fala do rabino centralizou-se em generalidades da vida do lar judaico e os problemas encarados pela família. Ele também discutiu várias religiões e como elas diferiam do judaísmo.
Após o rabino ter completado sua fala, ele solicitou perguntas. Uma pessoa perguntou ao rabino como ele poderia proteger seus filhos da influência cristã. O rabino declarou que se as tradições fossem respeitadas e seguidas dentro de um lar judaico, haveria menos oportunidade de uma criança se extraviar.
Outra pessoa expressou sua preocupação acerca de missionários que queriam ensinar suas crianças sobre Jesus. O rabino reiterou o valor de ter tradições judaicas no lar, mas também insistiu na importância de mandar nossas crianças para as escolas judaicas e Yeshivas.
A terceira pergunta veio de um homem que perguntou o que ele poderia fazer quando seu filho vinha para casa perguntando-lhe sobre Escrituras com as quais ele, como um pai judaico, não está familiarizado.
Neste ponto, Rabino Schochet agarrou os lados do pódio e gritou para a audiência: “Nunca em nenhuma circunstância um judeu sábio se volta para aquele Homem!” (-Aquele Homem, como os judeus chamam Jesus quando eles não querem dizer seu nome).
Eu senti que o rabino estava falando diretamente para mim assim eu agarrei a mão de Ron e cochichei:" - Devo dizer alguma coisa?"
E Ron disse: Sim!
Eu então agarrei a mão de Elisa e cochichei: "Devo dizer alguma coisa?"
E Elisa disse: "Sim!".
Assim eu levantei a minha mão e perguntei: "Rabino, o que você diz a alguém como eu que conhece Yidishkeit, segue judaísmo, tem um lar judaico e, no entanto, quando eu leio a Bíblia judaica, eu vejo Aquele Homem!!?"
Com tantas famílias judaicas e rabinos na sala, minha pergunta bateu como uma granada. Pelas próximas 4 ou 5 horas até à meia-noite o Rabino Schochet e eu discutimos Yidishkeit, costumes judaicos, a Bíblia, e outros assuntos. Quando a meia-noite se aproximou, o rabino estava ansioso para terminar o encontro, assim ele disse o que ele considerava serem as palavras que me mostrariam e a todos na sala porque Jesus não podia ser o Messias prometido. Ele gritou para a audiência que Jesus cometera blasfêmia quando estava na cruz.
Então num zangado tom de deboche, o rabino citou Jesus dizendo: "Meu D-us, meu D-us, porque me desamparaste?"
Eu fiquei horrorizada com o tom de voz do Rabino Schochet e a acusação de que Yeshua havia cometido blasfêmia. Eu disse-lhe que havia muitas maneiras para Yeshua ter feito esta declaração. Ele poderia ter gritado numa voz triste ou arrazoado ou de súplica. Mas o rabino Schochet recusou-se a ver meu ponto de vista. Eu achei incrível que na sua raiva ele aparentemente esqueceu-se que a declaração de Jesus feita na cruz fora primeiramente feita pelo nosso próprio amado Rei Davi no Salmo 22. E ALGUM JUDEU OUSARIA DIZER QUE DAVI COMETEU BLASFÊMIA?!
Eu não digo que eu seja uma erudita em Hebraico, ou uma erudita na Bíblia. Eu sou apenas uma simples, mulher judia comum que ama Yidishkeit e que apenas quer conhecer a verdade.
Aquela noite eu disse a meu marido e filha: "Eu não tenho mais dúvidas: Yeshua é o Messias judaico".
Comentário por Sid Roth
"Há três razões porque o povo judeu não investiga as reivindicações de Yeshua como Messias.
Primeiro, o povo mais antissemita, historicamente falando, é aquele que tem chamado a si mesmo de "Cristão". Por definição o nome cristão significa um seguidor do Messias. Qualquer pessoa preconceituosa e violenta é a coisa mais longe de Ser seguidor do Messias. Estas pessoas podem usar grandes cruzes e frequentar igrejas, mas as ações provam que nós somos seguidores do Messias, o Príncipe da Paz.
Segundo, nós judeus cremos em um só D-us. Os crentes Messiânicos também creem em um só D-us. Mas a essência de D-us é infinita, além da completa compreensão. Os rabinos o chamavam o Ein Sof - Aquele sem fim. Das Escrituras nós entendemos que nosso D-us único pode se manifestar a si mesmo em mais de uma maneira.
Há muitas evidências disso na Torá. Você já imaginou quem estava com D-us quando Ele fez o homem? "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…" (Gen. 1:26) Minha passagem favorita que ilustra esta natureza única é Gen. 19:24: "Então o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra…" (ênfase minha). Como D-us poderia estar no céu na terra simultaneamente? Porque deveria o único D-us verdadeiro ser tão limitado quanto o homem?
Incidentalmente, eu não oro para o Messias, mas eu oro a D-us no nome do Messias. Meus antepassados oravam a D-us por intermédio do sumo sacerdote judeu. Meu Sumo Sacerdote é Yeshua.
A última razão porque algumas pessoas judias não procuram a Yeshua é porque os rabinos dizem a eles que se eles creem em Yeshua eles não são mais judeus. Mas, se Yeshua é o Messias judaico, não há nada mais judeu do que crer nEle. Então a questão não é: " Como você pode ser judeu e crer em Yeshua?", mas em lugar disto: "Quem é Yeshua?"
Os seguidores de Rabino Schneerson poderiam ter evitado uma porção de problemas se eles tivessem pensado por si mesmos. O messias tinha que ter nascido em Belém de acordo com as nossas escrituras. Rabino Scheneerson nem mesmo visitou Israel!
De fato, todos os rabinos mundialmente poderiam ter ser livrado de um monte de problemas se eles entendessem porque Rabino Yochanon Ben Zakkai, o arquiteto do judaísmo moderno, não sabia se ele pessoalmente iria para o céu ou para o inferno. Um Rabino famoso disse: "Se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova".
Existe vida depois da morte? Com todos estes livros sobre pessoas que morreram ou tiveram experiências próximas à morte, e foram para o céu ou para o inferno, não há dúvida alguma. Mas o que nossas escrituras judaicas nos dizem sobre vida após a morte?
Daniel 12:1 e diz: "Mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno".
A única maneira de saber com certeza é conhecer D-us. Não saber sobre Ele. Não apenas crer nEle. Você precisa conhecê-lo. Você deve pensar por si mesmo.